Pensamentos, idéias, histórias... Nathalhices!

Minhas aventuras pela Terra Santa!

sábado, outubro 21, 2006

Novas!

Eh minha ultima semana sem internet, prometo que esses intervalos entre posts nao serao tao grandes. Agora, vendo a serie Eretz Neederet (o Casseta & Planeta israelense) na casa do Fabio (onde morei ate achar meu atual ape), tenho uns minutos pra contar que essa semana, finalmente, comeco minha rotina de aluna da Universidade Hebraica de Jerusalem. E, provavelmente, de garconete de novo. Ja nao estou mais na loja de joias. Conto mais em breve.
Ontem foi a primeira confraternizacao na minha casa nova. Amigos, meu chef preferido cozinhou, sucesso total. Nova fase total. So falta trocar o Sujinho por um cara que realmente me mereca. Aguardem mais noticias, muitas historias e acentos nos proximos posts! ;)

sexta-feira, outubro 13, 2006

Yalla, a ordem eh renovar!

Se era trabalho o que estava me faltando pra deixar o Sujinho pra tras, posso dizer que ainda nao fez efeito, mesmo depois de uma semana de trabalho novo. Sou a nova vendedora de uma das lojas de artes e joias para turistas na Ben Yehuda, a rua principal de Jerusalem, onde estao os restaurantes, bares, lojas, canditatos a messias e todas as outras coisas bizarras que so se ve por aqui, nessa Terra Estranha com gente esquisita.

Casa nova, trabalho novo, universidade de novo, academia outra vez. Minha rotina comeca a ser desenhada, leat leat (devagarzinho, como dizemos por aqui). Mas o maldito ainda nao saiu da minha cabeca.

Essa semana, depois do ultimo evento bizarro (vide post anterior), recebi outra visita dele. Exausto, coitado do meu cozinheiro, trabalhou 15 horas por dia durante 3 dias seguidos num evento que teve por aqui, o Festival da Comida. Eu, claro, nao pude perder essa. Mesmo envergonhada (!!!), passei na barraca onde estava trabalhando pra da um oi. E de la, foi la pra casa. Ja se passaram 3 dias desde entao. Ontem, procurando um lugar pra sentar com o Gal (meu flatmate) e um casal de amigos, o vi na rua. Chamei-o. Ele atravessou e veio falar comigo, parecia transtornado mesmo, alguma coisa diferente no ar. Sera que ele terminou com a namorada? Nao sei nem se vou saber. Depois de meia hora sentada no Gong com os amigos, comecei a bombardea-lo com mensagens, sem resposta. Fiquei revoltada. So ele pode me procurar no meio da noite? Ta, passou. Vai ter que passar. The show must go on!


domingo, outubro 08, 2006

E foi o príncipio do fim...

Sexta feira, 21h, Jerusalém, Rehavia. A Déia passa lá em casa pra ver o avanço da arrumação (minha casa vai ter cara de casa!). Caminhamos até o apê do Ricardo, na Ben Yehuda, e nos deliciamos com mais um jantar preparado pelo meu chef favorito. Depois seguimos, eu, Deia e Olga (flatmate do Ri) para o Gong. Tava demorando, né? Surpreendentemente entediante. Mudamos de pub, Shlomtzi. Melhorzinho.

Mas eu não estava ali de verdade. Só pensava que o Sujinho tinha me ligado umas 17h e dito `Prepara um café que eu tô chegando aí`; e eu disse não. Estava no meio da faxina e pós -academia. Nenhum clima. Ele insistiu, disse que não se importava e que era só pra um café mesmo. Aham. Não, obrigada. Na hora, me senti bem em conseguir dizer `não` pra ele. Um minuto depois de desligar o telefone, me arrependi. Mas também não liguei de volta.

01:5o am. Depois de 3 tequilas, mandei a seguinte mensagem, super informativa, pro maldito: `...`. Ele responde `.......................`. Percebe-se que realmente há um dialogo excelente entre nós. Mando uma outra mensagem , pedindo que me ligue. Ele estava num bar também (o que não surpreende nem um pouco. Em que mundo vive essa tal namorada dele?!), no quarto pub da noite - um dos anteriores, por sinal, tinha sido o Gong. Em pouco tempo, ele passou pra me buscar no Shlomtzi e fomos pra minha casa.

Ai, como eu sei quando estou assim, apaixonadinha. Fomos dormir quase sete da manhã. Claro, me diverti muito. Nós dois viajamos, falando do Brasil - eu tentando convencê-lo de que o Rio vale mais a pena do que Londres e ele querendo pescar e conhecer a casa da mamãe em Petrópolis. Viu as fotos todas. Viu como eu era magra e disse 'difícil imaginar que você possa ficar mais bonita'. Rimos, brincamos... Uma delícia. Mas o tempo todo senti também o aperto no coração, de saber que no dia seguinte ele vai pra casa e que não sei quando vou vêlo novamente, e que não posso ligar... No dia seguinte, quando fui levá-lo até a porta, pedi novamente que não me ligasse mais. Dessa vez, séria.

Ele sabe que eu estou nas mãos dele, como bem disse o meu amigo Gabito. Disse que não me entende, que parece que estou curtindo, mas mando ele sumir. Peço pra que não se faça de bobo, que já estava sendo difícil pra mim. Ele levanta a plaquinha `Eu avisei` e eu morro de ódio. Ele me avisou mesmo, antes do primeiro beijo. Disse que me ligava à noite, pra que eu pensasse melhor sobre o assunto. Eu respondi que não, que já havia pensado o suficiente, não queria mais vê-lo. Virei o rosto quando ele se inclinou para me beijar e ele foi embora.

Sabia que ele ia trabalhar das 21h daquele dia às 9h do dia seguinte. Contei os segundos pras 21h, na esperança de que ele fosse bem teimoso e me ligasse da mesma maneira. Sofri cada momento até o relógio marcar 21h. Às 21:01, troquei o toque do celular, do melancólico sambinha `Fui gostar de quem não gosta de ninguém e hoje só me resta a dor...` por um hip-hop bombante. Coloquei o tênis e fui malhar.

Até agora não sei se foi bom ou não ele não ter ligado. Eu sempre fui movida pelo coração, nunca importou muito o que a razão dizia. Mas o meu coraçãozinho, coitado, já tá berrando `não me quebre novamente`. Penso nele todo o tempo. Acho que preciso arrumar um trabalho logo!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Fast-Update

Cá estou, sentada no Mc Donald´s da Ben Yehuda (centro do centro de Jerusa) com meu laptop e almoço - milkshake de morango, potatos e hambúrguer de criança com queijo. Mas confesso que a escolha do lugar está diretamente relacionada ao ar-condicionado e com a conexão Wi-Fi. Show!

A notícia boa é que a mamãe passou a cirurgia e está bem. O cara lá de cima gosta mesmo de mim - e da mamãe claro. Aliás, quem não gosta dela? Minha princesa arrasa!

E como coisa boa atrai coisa boa, me matriculei hoje cedo na academia. Nem acreditei. Ainda estou desempregada e isso não estava nos meus planos. Mas me sentir uma velha com 24 anos também não - reclamona, com colesterol alto e acima do peso. Hora de mudar! Afinal, 200 shekels (mais ou menos 100 reais) não vão me deixar muito mais pobre. Influência direta do Ricardo. Ontem, depois de comer o delicioso jantar preparado por ele, pensei em duas coisas: sobremesa da Babete e tequila. Ele pensou na academia. E foi realmente, tarde da noite de quinta feira, dar uma malhadinha. Deu aquela invejinha boa, sabe? Quem sabe assim eu também não paro de pensar em coisas gordas e nights e fico mais saudável?

Os primeiros minutos da novidade foram doloridos. Mais precisamente os 50 primeiros. Me enfiei numa aula de localizada, e fui avisada antes de entrar que a professora era a mais sinistra da academia. O que me fez entrar na sala foi a blusinha dela do Brasil - e a vontade de ter um corpo e uma saúde pelo menos próximos aos dela.

Depois dessa porrada, resolvi relaxar no transport vendo Da cor do pecado. Ai, bons tempos de academia n0 Brasil, podia ver qualquer coisa melhor no meu idioma do que essa novelinha. Mas valeu. Academia é quase tudo igual mesmo. Óbvio que a minha nova é muito menor do que todas as outras que eu já vi e tem as pessoas mais estranhas. Maior número de idiomas diferentes por metro quadrado do mundo. Fecha às sextas, três da tarde e só abre de novo no sábado às oito da noite. Ai, Jerusalem...

E ai...

Se eu nao tivesse tao cansada da noite de ontem, contaria a historia como ela merecia ser contada. Mas pra manter meus queridos amigos atualizados, escrevo apenas que ontem meu ape recebeu a primeira visita noturna. Adivinhem quem? Sim, ele mesmo, o Sujinho que ta me deixando out of control. No inicio, fiquei p da vida. Afinal, ele me ligou a meia noite, de um bar... Mas ta, depois de algumas ligacoes e mensagem, nao resisti e o atendi. Dai foi so escutar o `Babe...`pra me derreter de vez. Foi otimo, claro. Aguardem os proximos capitulos...

A noticia boa mesmo eh que eu passei no curso! Falta um nivelzinho pra me formar em hebraico na facul. A noticia ruim eh que a mamae opera a coluna amanha, e eh a situacao mais dificil do Brasil que eu estou tendo que enfrentar daqui. Hoje ja fui no Muro das Lamentacoes e garanti meu apelo de protecao a minha princesa. By the way, fui ate la de carona na motoca do Gabito. Delicia de passeio! Imaginem eu, de motinho? Seguuura, peao! Ou melhor, saiam da frente que eu vou atropelar! ;)