Boys lie
Estava voltando da universidade hoje, acompanhada de uma brasileira e de um argentino, ambos da minha sala. Junta-se a nos uma outra menina, que tambem esta fazendo o ulpan kaitz. Ela tinha 19 anos, super bem vestida, ate bem patricinha. Conversa vai, conversa vem, nos perguntou de onde eramos, que idioma falavamos e etc. Na hora de escutarmos a resposta dela, surpresinha: arabe.
Eu sabia que estudaria com varios, que a ideia que temos de longe nao eh a mesma... Mas ali, na sentada na minha frente, impossivel nao passar pela minha cabeca questoes como `O que ela sente estudando com um monte de ole chadash` ou `Nunca poderia ser amiga dela, que estranho!`. Preconceito, pode ser. Mas que eh estranho, eh. Enfim, ta ai. E a menina nao tem culpa. Hora de abrir a cabeca. Passamos o tempo no transito caotico de Jerusalem aprendendo palavras em arabe com ela.
A menina tinha varios broches na mochila, e dois iguais diziam `Boys lie`. Me identifiquei (claro!), adorei. Tinhamos algo em comum. E a perguntei onde tinha comprado. Ela tirou da mochila dela e disse que combinava com a minha. E nao eh que ela me deu o broche? Coloquei na hora. Satisfeita. A paz nao eh feita de momentos?
* No mais, a luta por ape continua. Que loucura! espero deixar de ser homeless logo!
* Viram minha materinha mo JB de domingo? :D