Pensamentos, idéias, histórias... Nathalhices!

Minhas aventuras pela Terra Santa!

segunda-feira, agosto 14, 2006

Boys lie

Estava voltando da universidade hoje, acompanhada de uma brasileira e de um argentino, ambos da minha sala. Junta-se a nos uma outra menina, que tambem esta fazendo o ulpan kaitz. Ela tinha 19 anos, super bem vestida, ate bem patricinha. Conversa vai, conversa vem, nos perguntou de onde eramos, que idioma falavamos e etc. Na hora de escutarmos a resposta dela, surpresinha: arabe.
Eu sabia que estudaria com varios, que a ideia que temos de longe nao eh a mesma... Mas ali, na sentada na minha frente, impossivel nao passar pela minha cabeca questoes como `O que ela sente estudando com um monte de ole chadash` ou `Nunca poderia ser amiga dela, que estranho!`. Preconceito, pode ser. Mas que eh estranho, eh. Enfim, ta ai. E a menina nao tem culpa. Hora de abrir a cabeca. Passamos o tempo no transito caotico de Jerusalem aprendendo palavras em arabe com ela.
A menina tinha varios broches na mochila, e dois iguais diziam `Boys lie`. Me identifiquei (claro!), adorei. Tinhamos algo em comum. E a perguntei onde tinha comprado. Ela tirou da mochila dela e disse que combinava com a minha. E nao eh que ela me deu o broche? Coloquei na hora. Satisfeita. A paz nao eh feita de momentos?

* No mais, a luta por ape continua. Que loucura! espero deixar de ser homeless logo!
* Viram minha materinha mo JB de domingo? :D

quinta-feira, agosto 03, 2006

Estourando a bolha


Esses dias vi o cotadissimo filme israelense Habua (a bolha, em hebraico) e entendi porque ele esta sendo tao falado. A historia de tres amigos que dividem o mesmo apartamento em Tel Aviv envolve tantos tabus que acredito que a maioria dos brasileiros (dos que vivem no Brasil) ficariam chocados. Nao imaginam que essa seja mesmo uma (quase que) realidade por aqui.
A trama comeca quando um deles se apaixona por um arabe, vivido pelo mesmo ator arabe que arrasa na novela Alufa (veja post anterior): alem de otima interpretacao, o maluco eh uma gracinha. Alem de toda a bagunca da vida dos jovens em Tel Aviv (as frustracoes amorosas da menina e dos confusos relacionamentos dos outros dois, que sao homossexuais; drogas, sexo, trabalho, violencia), uma historia de amor com final chocante e totalmente inesperado, alem de uma nova abordagem sobre o conflito arabe-israelense. Demais, recomendo! Procurem ai no Brasil, vale a pena.
Na foto, os tres amigos e a gracinha do arabe (direita).

quarta-feira, agosto 02, 2006

E Jerusalem continua linda...


Enquanto isso, eu sigo na minha busca por apes em Jerusalem. Isso merece um post a parte. Caminhando, conversando, conhecendo... Eh hilario, mas tambem cansativo. Ontem saimos pra beber aqui. Um barzinho que eu nao conhecia ainda. Amigos divertidissimos, alguns shots e muitas gargalhadas. Claro que a guerra foi tema das conversas ca e la. Mas aqui estamos e aqui vamos continuar. E parece que vou me surpreender com essa cidade, ja que agora a escolhi e estou aberta a ama-la.
Na foto, um flagra durante minhas andancas, procurando apartamento. Em frente a residencia oficial do Primeiro Ministro, uma pequena manifestacao. Helicopteros sobrevoam a cidade e eu vejo pela tv (no celular) o pronunciamento do nosso Ehud Olmert. Eh o clima de guerra. Alias, perdi a parte onde Olmert leu a carta de uma pessoa que perdeu parentes no Holocausto e agora perdeu um filho na guerra, mas que ainda assim reconhece a importancia de lutar pela sobreviencia nosso Estado e apoia o governo. Repito a pergunta de Olmert: Em que outro pais do mundo as pessoas pensam assim???