Pensamentos, idéias, histórias... Nathalhices!

Minhas aventuras pela Terra Santa!

sexta-feira, junho 30, 2006

No país do futebol, a boa é fugir da bola

Achei o meu canal na Copa. Já era fa de carteirinha de todas as séries do canal Sony, mas agora eles me conquistaram pra sempre. A nova proganada deles é fantástica, pena que eu não a encontrei na internet. Eles mostram uma banda de rock num dos anúncios, um vendedor em outro... Enfim, cada um está no seu lugar e aí chegam organizadores de uma promoção que leva as pessoas para a Alemanha. Jogam confete, fazem festa, gritam. Corta pras pessoas completamente entediadas em seus hotéis, já na Copa. A moral da história vem na legenda: Chega da tortura do futebol. Entra um quadrado com o símbolo do canal, como se fosse uma bola quadrada quicando, e pára ao lado da frase 'Sony, o canal sem o mundial'. Não sei se deu pra visualizar, é demais.

sábado, junho 17, 2006

Pause

Gente, desculpa! Nao vou abandonar o blog pra sempre, é temporário, ok? Espero essa semana ter tempo de atualizar e colocar fotos também! Aos navegantes, deixo meu numero de telefone: 21 9924-7599

domingo, junho 11, 2006

Meu Brasil brasileiro...

É mesmo muito difícil estar aqui. Pensar em tudo o que podia ter sido se não fosse, em tudo que provavelmente seria se, o que foi deixado pra tras assim, assado... Enfim. Mas vamos ao que interessa.
Já são cinco dias de Brasil novamente, depois de quase um ano. No primeiro dia foi o susto da minha mãe, o cansaço, a preocupação com a mala e a excitação. No segundo dia fui visitar meus avós (triste destino o deles, a ser comentado mais adiante). Devorei a comida como se não houvesse amanhã, literalmente! :D
Mas o medo de não haver amanhã foi grande mesmo quando desci do prédio e pensei em pegar um ônibus ali do Leblon até a minha casa, na Barra da Tijuca. Depois de dez passos em direção ao ponto, entrei num taxi e pronto. Percebi como eu realmente estou com medo do Rio, não estou mais acostumada a andar com essa sensação. Nunca achei que fosse ter medo da minha cidade, onde nasci e fui criada. Medo que, pra mim, era coisa de turista. Sempre me senti vacinada e precavida. Até agora.
De volta pra casa, crente que meu destino seria a cama, me convenceram a fazer um programa que era mesmo irrecusável. Ir a Baronetti. Assumo, reduto de patricinhas e mauricinhos que eu amava. Mas às quartas-feiras rola uma festa que explica minha animação: Metade da noite toca Hip Hop e metade funk. E mais, o Mc convidado da noite era o Andinho, compositor (?) de um dos maiores classicos das antigas ("Seus olhos, o seu corpo nú, é um convite pra dançar, no ritmo do amar..."). Mas foi estranho. Primeiro porque eu nao sei mais me arrumar pra ir pra night no Rio. Estranho nao saber o que se veste, o que se calça. Eu, bem eu, fui do jeito que imaginei ser o mais confortável pra dançar até cair. Decepção a minha ao me tocar de que eu quase não conhecia as músicas. E mais, senhoras e senhores, o funk conseguiu sim descer mais o nível. Pra mim, funkeira desde os primórdios, ver que nunca mais vai se fazer funk como antigamente é triste demais. Depois, concluir que eu já passei da idade disso também me deixou meio perdida. As caras não são as mesmas, eu já me sinto a titia da balada, me canso muito mais rápido, acho todos infantis. What the hell is happening to me??? Nem me deu vontade de beber.
Mesmo assim, não posso dizer que não curti. E também é cedo demais pra tirar essas conclusões, eu acho. Pode ter sido a night errada, ou até o dia errado, e só. São apenas as primeiras impressões.
No terceiro dia, minha mãe me acorda pra uma missão importantíssima, renovar minha carteira de habilitação brasileira. Do Detran, subi direto pra casa dela. Achei que nada então seria melhor do que o tão esperado dia de salão. Que nada. Eu não tive a menor paciência pra fazer mão e pé, pra começar. Depois da mão, parei. Ia pintar, hidratar, cortar e fazer tudo mais que tivesse na lista de preços do salão. Depois de hidratar - processo que levou mais de uma hora-, só quis aparar as pontas e sair correndo. E pensar que eu levei a minha mãe pra depilar em salão pela primeira vez ha poucos anos atrás; ontem ela me diz 'Calma, filha, é falta de costume'. To podendo...
No quarto dia eu já nem lembro mais o que eu fiz. Ah! Briguei com a minha mãe pela primeira vez. Vamos pular essa parte!
Quinto dia, hoje, alguns amigos subiram pra me visitar em Itaipava. Foi otimo! Ruim foi descer a serra e ser parado pela Polícia. Sim, porque a polícia aqui é o que realmente dá medo. Mesmo depois de ver que todos os documentos do namorado da minha amiga estavam em dia e não achar nada ilícito no carro, os dois policiais ainda tentaram nos extorquir. E o perigo que estavamos correndo ali, bem em frente a Cidade de Deus, ás onze da noite de sábado? Que medo. Impressionante a cara de pau das chamadas 'autoridades' por aqui. Eu não sou de dar esses discursos não, mas acho que ter me distanciado um pouco me fez perceber a vergonha que é esse país. Agora a volência é tema de toda e qualquer conversa. Hoje lá em casa mesmo. A gente com tanta conversa pra botar em dia e, mesmo assim, o tema dominate foi a violêmcia do Rio. Não existe mais aquele diálogo de elevador '- Que dia bonito hoje'. Agora é '- Cuidado, mataram um ontem aqui em frente'. Não se pode ter uma droga de um tênis de marca sem que te roubem em uma semana. Não se pode ter um carro 'bom' sem que tentem te roubar todos os dias (sejam bandidos ou os igualmente bandidos uniformizados). Não se pode caminhar sem desconfiar da sua própria sombra. E olha que eu não estou jogando conversa fora. Essas coisas aconteceram na minha casa. Que país é esse?

terça-feira, junho 06, 2006

Cheguei!

Pouco mais de mil dolares gastos, tres meses de contagem regressiva, 15 horas em dois avioes, dois oceanos cruzados, muitas lagrimas e um aperto no peito sem igual. Depois disso tudo, cheguei. Estou em casa, no meu Rio de Janeiro. Na minha cidade, na minha casa. Com a minha familia, meus irmaos, minha princesa. E sabendo dar a eles o valor que eles merecem. Tudo bem, minha mala foi parar no Uruguay. Levei quase uma hora pra chegar em casa, tamanho era o transito na cidade. Mas depois... A Gi me trouxe em casa. Do caminho, ligou com uma desculpa pra minha mae, pra checar se ela estava aqui no Rio ou em Itaipava, na casa dela. Beleza, no Rio. Cheguei de mansinho. Toquei a campainha e a empregada - que nunca tinha me visto na vida - abriu a porta. Eu disse 'Nao fala nada, eu sou a Nathalia. Onde esta a minha mae?'. Ela me respondeu que estava no quarto do meu irmao menor, dormindo com ele. Entrei e deitei na cama com os dois, beijei minha mae. Ela abre os olhos certa de que esta sonhando. Os esfrega e diz 'Nathalia? Eh voce?'. Eh claro que eu ja estava chorando. Ela nao acreditou, levantou antes de me abracar. Ficou sem acao por uns longos minutos. E me disse 'Sua cachorra, como eh que voce faz isso comigo?'. E ai sim, viu que nao estava sonhando. Foi maravilhoso. Mas coitada, ela esta o dia inteiro com a pressao alta. Diz que so vai acreditar que eu estou aqui quando chegarmos em Itaipava, na casa dela. Eu estou muito feliz. Muuuito. Muuuuuuuiiitttooo!!!
Vou la curtir minha familia. Ate mais!

domingo, junho 04, 2006

Simplesmente diferente!


Cansada,
Feliz.
Desgastada,
Realizada.
Fraca,
Batalhadora.
Angustiada, mas proxima do abraco tao sonhado...


As perguntas que me perseguiam aqui em Israel eram `O que que voce esta fazendo aqui?`, `O que tem de ruim no Brasil?`, `Como alguem pode abandonar o paraiso?`. Depois de tentar responder por quase um ano, resolvi me dar ferias. Ate porque eu nao sabia direito as respostas. Agora eu sei. E sao minhas, nao sao de ninguem mais.
Entao na ultima vez que eu trabalhei no cathering (num evento muito bizarro, por sinal (bat mitzva dentro de uma caverna!), um dos garcons perguntou `De onde eh o seu sotaque?`. Eu, prevendo as perguntas que seguiriam, respondi `Russia`. De qualquer maneira,, todo mundo acha que eu sou russa. E isso nao eh nem um pouco interessante. Tem milhares de russos e ninguem gosta muito deles. Ainda mais agora, com a proximidade da Copa, essa eh a melhor saida pros inconvenientes. As pessoas acham tambem que sou especialista em futebol porque nasci no Brasil. Mas tudo bem, ja achei a solucao. Assim me poupo do trabalho de convencer as pessoas de que sou brasileira - mesmo branca, com o meu sotaque e nome Nathalia.

sexta-feira, junho 02, 2006

Parada


Pausa pra contar novidade. Na verdade, nem sei se vou continuar o diario. Deixem suas vontades registradas e eu decido, ok? :)
Bom, a novidade eh que eu fiz uma tatuagem. Outra coisa que pensava que nunca teria coragem. E nem chorei!!! Linda, estou apaixonada. Escrevi ao comprido, comecando na nuca, a palavra `amor` em hebraico. Nem vou publicar fotos pra nao correr o risco de copiarem!! E sem mais detalhes tambem. Quem quiser ver, que seja ao vivo!
Me aguardem, todos estarao em breve pertinho de mim. E Chag Shavuot sameach!
Ah, a foto! Mais uma de Eilat. A vista do apartamento de um amigo argentino, o Leo. Alias, o Leo chegou em Israel junto comigo e ja desistiu, volta em dezembro. Nao posso dizer que nao entendo porque ele quer fugir. Tem que ter muito mais que peito pra enfrentar tudo isso aqui sozinho! ;)Por enquanto, ele curte o visual do ape, que inclui a cidade de Eilat inteira e a Jordania. Nada mal, ne?