Pensamentos, idéias, histórias... Nathalhices!

Minhas aventuras pela Terra Santa!

sexta-feira, abril 20, 2007

Queimando as cinzas

"Pode me abraçar sem medo
Pode encostar sua mão na minha
Meu amor, deixa o tempo se arrastar sem fim
Meu amor, não há mal nenhum gostarassim
Oh, meu bem,
Acredite no final feliz"

Ai, Jorge Vercilo, está difícil acreditar no tal final feliz. Meu final nao teve nada de feliz com o Sujinho. E eu realmente espero que dessa vez seja o final.

Depois desse dia em que ele desfilou comigo no centro, sumiu uma semana. Não me atendia, não respondia mensagem.
Quinta-feira, eu saí pro Yoshua ARRASANDO (sem modéstia, aproveitei minha descida na balança e investi na auto-estima). E muito bem acompanhada da Aya, amiga da faculdade, da Nerita, minha amiga da facul-vizinha-pau pra toda obra, e meu vizinho Elad, que eh uma figuraça.

Rimos, dei vários tocos (o que foi ótimo na minha situação). E eu, claro, mandando mensagem pra ele. No final da noite, me vi bebinha e nada a fim de fazer besteira. Pedi pro Elad, que virou mesmo um amigão, dormir aqui comigo. Eu tava sozinha em casa e com ele eu tenho certeza que nunca vai rolar nada - apesar de ser uma graça, acho que ele ainda não descobriu seu verdadeiro eu, digamos assim... Minha sina, né?

Bom, Elad veio pra cá, batemos papo e... fomos dormir. Às quatro e meia da manhã, dois dias antes da volta pra Londres, ele liga.

Dessa vez foi sério. Fora a parte de que eu acordei o Elad e o mandei pro quarto de um dos meus flatmates, que foi uma cena hilária: um batendo na porta e o outro indo pro outro quarto. Enfim.

Eu disse pra ele tudo que tinha engasgado até o momento. Ele, surpreendentemente, concordou com tudo que eu disse. Eu chorei um monte. Uma hora depois ele foi embora e me prometeu que voltaria pra se despedir (concordamos que não ia nos levar a lugar nenhum e chega, mas é tão bom estar com ele....).

Na última noite dele, graças ao Ri, eu não liguei nem mandei mensagem. Me permiti comer um massão com creme de leite do meu chef favorito (Ri, óbvio), alugamos um filme bem idiota e eu passei a noite lá do lado dele, me escondendo no lobo-mau que poderia parecer a qualquer momento.

Acordei no dia seguinte com a sirene do Dia do Holocausto (durante dois minutos, toca a sirene e todo mundo pára o que tiver fazendo, em memória aos mortos no Holocausto). O Ri deu um pulo da cama pra ver da janela as pessoas paradas ao lado dos carros. Bem "O dia em que a Terra parou", diria Raul Seixas.
Meu primeiro pensamento foi sobrevivi.

Só ontem resolvi que tinha que falar com ele. Liguei e ele me disse que não veio mesmo porque só ia piorar as coisas, blá blá blá.... Tchau.
Next!

Por falar em passar pra frente, preciso contar um outra coisinha que aconteceu essa semana.
Semana passada eu fiquei doente. E também fiz uma prova sinistra (na qual eu fui muito bem, ainda não sei nota, mas já tô de parabéns). Entendam esse conjunto como quiserem.Uma semana.

Dois dias antes do dia em que eu deveria voltar a trabalhar, fui sentar no Nuna, o pub perto aqui de casa onde a Nerita trabalha, com o Avi, meu amigo, pra estudarmos português - vou perder por um ano meu grande amigo e companheiro de copo. Mas tá, ele volta.

A questão é que sentamos no Nuna para que ele aprendesse umas frases para a entrevista de trabalho no Brasil, durante um ano. Estudamos, bebemos...

Na hora de ir embora, depois de pagar a conta, ele me diz "ai, entrou agora minha ex mitológica, eu fui louco por ela, e ela foi uma vagabunda".

Em seguida ela vem falar com ele. Eu não quis que ela pensasse que estávamos juntos, então puxei um papo. Ele disse que ela era argentina, eu disse que não tinha mais problemas com argentinos, que trabalhava no meio deles e que minha chefe era argentina.
Booom. Na mesma hora, ela perguntou: Você trabalha na Agência Judaica? Sua chefe é a minha mãe.
Puuutz...
- Ela me disse que você estava doente, coluna, né?
- Aham, Avi, ta doendo, vamos pra casa.

Fala sério. Pior foi que todo mundo duvidou que ela fosse contar pra mãe. No dia seguinte, depois de um pedido de mudança de horário meu para a outra quinta feira (ontem), me ligou uma das argentinas do meu trabalho pra me dar um recadinho.

- Ela pediu pra te dizer que você vai trabalhar na quinta de 21h às 2am, e pediu que te disesse que é igualzinho à sair pra um pub....

domingo, abril 08, 2007

Extra! Extra!

Nao, amigos, nao pararam de acontecer coisas incriveis na minha vida, podem ficar tranquilos. Eu to simplesmente correndo contra o tempo pra estudar para a "segunda chamada" de uma prova mega importante da faculdade. Depois disso, pretendo regularizar a atualizacao do blog.
Ta tudo anotado no caderninho.

Hoje eu resolvi abrir uma excecao e contar o que acabou de me acontecer...

1:45 am de ontem. Toca o meu celular, um numero desconhecido. Simplesmente ignorei a chamada e continuei a dormir. Depois do quinto telefonema, comecei a achar estranho - e tambem estava dificil de ignorar. Atendi.

- Hey...
- Quem eh???
- "Quem eh???"
- NAO ACREDITO!
- Voce ta em casa?
-Sim, ne, to dormindo.
- Sozinha?
- Aham.
- To indo prai.

Quem mais tinha o habito de me ligar no meio da noite? O Sujinho!!! Fala serio! Esse mesmo, o amigo do menino do bilhete, com quem eu sai um tempo, o que tinha namorada, por quem eu chrei na despedida, quase fiz loucura e me mandei quando ele foi morar em Londres...

Ele chegou aqui em casa com um amigo, Omri. Quando fomos apresentados, no escuro do corredor, nao nos demos conta de que ja nos conheciamos de aventuras passadas...

Meu passado me condena PESO! Alem disso, a historia com esse Omri (po, ja faz mais de um ano) tem a ver com a historia do menino que trabalhava com ele, que depois eu descobri que tinha 17 anos, descobri um pouco tarde... E eh o irmao mais novo de outro amigo do Sujinho e do Omri. Complicado? Acreditem, essa parte eh melhor nao entender...

Ele chegou aqui em casa e, como sempre fazia, comecou a abrir os armarios, ver as fotos... E disse pra eu me vestir pq a gente ia sair. O Omri nos deixou na casa dele, la pegamos o carro e saimos. As tres da manha eu estava num pub no centro da cidade numa mesa com mais uns 10 amigos dele. Ele todo me exibindo, sabem? Bom, a verdade eh que eu bem sentia falta, quando estava com ele, de poder sair de maos dadas, beijar em publico... E pude fazer tudo isso ontem.

No carro, a caminho da minha casa, eu percebi que ele estava triste. Me contou que veio pra Israel porque ontem foi aniversario da ex dele. A mesma ex que me ligou ha nao muito tempo atras, com quem ele namorou 4 anos. Ele chegou e a pegou com um amigo dele aos beijos num bar.

Ele me disse entao que tinha que ligar pra ela naquela hora. Eu disse pra ele me deixar em casa e depois fazer o que quisesse. Chegando na minha rua, ele estacionou o carro.
- Voce nao vai ficar comigo, eu disse pra ele. Me da um beijo de boa noite e tchau.
- Babe...
- Tudo bem, vou sem beijo.

Sai do carro e vim pra casa. Coloquei pijama, acendi um cigarro, e as ligacoes comecaram. Ele me ligou 15 vezes, e eu nao atendi nenhuma.

Quando o telefone finalmente parou de tocar, recebi uma mensagem de texto "Estou na sua janela". Eu levantei da cama e fechei a janela.

Ele mandou outra mensagem, dizendo que precisava se explicar. Deixei ele entrar e disse que ele tinha 5 minutos. Ele ficou 5 minutos calado. Eu disse que o tempo acabou e que ele precisava ir.

Mas quando eu vi ele saindo me deu um aperto no coracao... Eu tava morrendo de saudades! E bem percebi a "velocidade" com que ele caminhava em direcao a porta, hehehe... Como quem estivesse esperando que eu o pedisse pra voltar. Me conhece, o safado.

Eu pedi, ne. Ele disse "Voce sabe que eu posso passar por isso sozinho, mas eu queria estar com voce".

Ele nao precisa de muito pra me comprar. Sentamos e conversamos direito. Durante a conversa, ele me disse que a namorada dele descobriu mesmo sobre nos dois, e por isso a confusao toda, que ele foi pra Londres porque sabia que a relacao dele com ela ja nao era saudavel (porque ele estava comigo tambem...) mas nao conseguia se afastar e que ainda nao conseguiu esquecer ela.

Ele eh sempre tao sorridente, tao confiante de si mesmo, sempre aquele com uma tirada incrivel, aquele que eh centro das atencoes entre os amigos... E ontem ele tava com uma carinha tao triste, perdido...

Eu tentei consola-lo, mas tambem expliquei que ele nao podia entrar e sair assim da minha vida. Perguntou se eu realmente queria que ele fosse embora.

Fala serio. Ficamos grudados a noite inteira.
Hoje, quando o acompanhei ate a porta, eu disse "So na quarta feira voce nao pode fazer isso, tenho prova na quinta de manha". Ele riu, me abracou e foi embora.
Vai ficar aqui em Israel ate o dia 16.
Aguardem os proximos capitulos...