Pensamentos, idéias, histórias... Nathalhices!

Minhas aventuras pela Terra Santa!

sábado, fevereiro 24, 2007

No mau caminho

Tanto tempo.... Até perdi minha senha, só pra aumentar a tensão da hora em que, finalmente, tive vontade e tempo de escrever no meu humilde diário. Muitas coisas, muitas mesmo. Mas antes, a que esta na minha cabeça agora.

Tudo bem, todos nós estamos cansados de querer quem não nos quer... Certo? Eu achei que isso fosse coisa de adolescente, que passasse com a idade. Mas já são 24 anos. Hoje me peguei, numa conversa com a Neri, na seguinte situação... Acho que na imensa vontade de sair dessa vida de solteira, encontrei algumas opções e não sei qual seguir - o famoso atirar pra tudo quanto eh lado. Uma sequência de coisas que parece que não é - e é, e outras nem tanto. Complicado? Explico:

1)O dono dos meus pensamentos nos ultimos 3 meses é um cara que eu vou chamar de Mister M. Mister M tem a vida bem organizada, pouco mais de 30 e ainda com jeito de moleque, tem o dom de me fazer sentir coisas inééééditas (!!!) e sua principal característica é só fazer o que dá na telha. Nos conhecemos pela internet. Ele viajou, passou um mês fora, e me escreveu todos os dias da viagem.
Quando chegou, fui até Tel Aviv para encontrá-lo. E foi uma surpresa deliciosa. A historia é cheia de detalhes ótimos, mas parece que isso vai ter que esperar pra ser publicado no livro, rs. Mister M é mesmo demais. Inteligente, engracado, liiindo... No mundo da lua e também bem pé no chão. Já conheceram um israelense que gosta de Mutantes?! Pois então, é ele.

Comecei achando que não ia me envolver, até que, quando eu vi, estava saindo do trabalho 9 da noite, tinha que acordar às 8 na manhã seguinte pra estudar, e viajava pra Tel Aviv só pra ficar perto dele alguns minutos e voltar. A música que sempre me faz pensar nele é Admiração, do Paulinho Moska - pra vocês terem uma noção. Sem contar que eu babo em qualquer coisa que ele diz, hebraico perfeito, sabe? Ai.....

Mas ele é assim, so faz o que dá na telha. E quando não da, que que eu faco? Fico grudada no computador quando escrevo pra ele, esperando ansiosa a resposta. Cansei de ser otária, não?

Por sinal, eu tenho certeza que o roubo do meu celular tem tudo a ver com isso. Pois é, depois de muita ralação no primeiro semestre da faculdade (Não preciso mais estudar hebraico na faculdade, me formei! Uhuuu!!), tive uma semana de férias. E no fim de semana fui com a Renata perder a linha em Tel Aviv. Perder a linha mesmo! Nights até de manha, ir de um lugar pro outro, de dia ou de noite... Gente, ação, cores, gargalhadas... Foi demais.

Nisso, o Mister M fez mágica e me enrolou na quinta, me enrolou mais um pouco na sexta... e no sábado, dia em que eu voltaria pra Jerusa, ele tinha ficado de me ligar. Não deve ter caído o diabo do raio da telha dele, entao ele não ligou. Eu estava com o celular no bolso, pra vibrar.

Depois de ter ficado fechada por 40 minutos (por causa de um "Objeto suspeito", qq porcaria sem dono que a polícia vem ver o que é), a Rodoviaria Central de Tel Aviv abriu e milhões de pessoas se amontoaram para entrar na porcaria da van pra Jerusalem. Puxaram meu recém comprado baby do bolso e eu nem vi quem foi.

Passou, já tenho baby novo, branquinho, lindo.
Mas de uma certa maneira esse foi o momento em que eu me toquei que tinha que parar de ser otária. Não quer? Foda-se! Não? Não devia ficar grudada no celular e sair correndo quando ele liga. E é assim que a magia terminou com o Mister M.
No dia seguinte, mandei um e mail aos amigos pedindo os numeros deles e meu querido M, de repente, todo preocupado. "Querida, o que aconteceu? Meu telefone é tal. Tá tudo bem?". Fala sério. Não coloquei o telefone dele na memória do meu celular novo, mas coloquei uma estrela no e-mail que tem o número dele.

Enquanto isso, eu espero que o Sujinho se toque que eu não ligo há tempos e me telefone. Pois é, gente... Não tenho mais o telefone do Sujinho. Se alguém o encontrar pelas ruas de Londres, pede pra ele me ligar...

Semana tumultuada mesmo essa. Além de ter sido roubada, tomei uma multa. Não contei pra vocês que eu tenho carro aqui agora? Não?! Pois é, porque eu realmente não tenho.

Tomei multa andando a pé, mais precisamente, atravessando uma rua aqui no centro da cidade. Um calor incomum nessa epoca me fez passear pelo centro carregando um mega casacao, além do meu computador (que ia para o conserto), minha bolsa, o celular - onde eu gravava naquele instante o telefone de alguém...

Uma cabeçada atravessava a rua, mas eu era a única pateta vestida de casaco verde e amerelo na época em que aqui também só se fala do Carnaval do Brasil. A policial (sim, porque se fosse O policial eu tinha dado um jeito) não deixou barato e justo me escolheu pra descontar a raiva da vida que ela estava no mesmo dia. Rasguei 100 shekels. Eu sabia que eles faziam isso. Por isso, antes de atravessar a rua, sempre olhava pra ver se tinha policiais por perto. Mas tava tão distraída.... Bobeou, dançou, né?