Pensamentos, idéias, histórias... Nathalhices!

Minhas aventuras pela Terra Santa!

sexta-feira, março 24, 2006

O Brasil eh aqui!!!


Incrivel ate onde pode ir a admiracao de um povo por outro. Aqui em Israel eh impressionante como o povo brasileiro eh amado. Ate hoje, so conheci um ser humano que detesta brasileiros aqui. Um israelense mau humorado que foi passear e deve ter caido na labia de todo e qualquer malandro. No mais, tudo aqui eh verde e amarelo. A colecao de verao de uma das maiores lojas aqui eh inspirada no Brasil. Roupas iguais as que eu trouxe de casa! Catalogo, claro, feito no Brasil. O making off nao sai da televisao. Em restaurantes e lojas, acontece de eu entrar e reconhecer musicas. E so depois de alguns segundos me tocar que eh portugues mesmo! Havaianas eh artigo de luxo e pode ser vista nos pes dos mais descolados no verao. Os pregos compram a falsificada na rodoviaria. E esses sao so pequenos exemplos.
Ontem voltei ao porto de Tel Aviv, mas dessa vez nao foi pra trabalhar de garconete em evento. Fui com meu irmao irsaelense a uma festa brasileira, carnaval. Vesti a camisa do Brasil que ganhei da Lele, uma sainha preta e um sapato brasileiro e fui. Festa chiquezinha, selecionada, carinha. Bandeiras do nosso pais e do Flamengo (?!) podiam ser vistas em todos os cantos. Mulatas, feijao, coxinha de galinha, arroz. Dvds de musica no telao. Banda ao vivo, bateria de escola de samba (!), dancarinas fantasiadas. De marchinhas de carnaval do tempo da vovo ate o ultimo hit do axe fizeram parte da festa. Coreografias que nem no parracho, sambao que nem o do Salgueirao. Animacao que impressiona, tinha esquecido como sao as festas brasileiras. Por sinal, outra coisa que chamou a atencao foi a quantidade de brasileiros que moram por aqui. Eu achando que conhecia todos... Que nada! Cara de brasileiro, roupa de brasileiro, jeitinho de brasileiro. Banheiro de brasileiras, a mesma coisa! Teve ate um que chegou em mim bem brasileiro. Comecou a dancar comigo, de repente. Quando vi, a mao do engracadinho ja tava descendo. Opa! Para ai, amigo. Dai claro que ele fingiu que nao falava portugues, hehehe. Claro que depois, de longe, o vi falando portugues. E claro que ele se despediu de mim tambem em portugues. Deve ser carioca, o malandro. :)
O Yaron, coitado, nao conhecia muitas musicas, mas as bundas que desfilavam pra ca e pra la o distraiam bem (Nao basta minha familia adotiva me fazer enxergar todos os problemas e paranoias do tamanho de uma formiguinha, eles tambem se preocupam com a minha diversao). Enquanto isso, eu me acabava de dancar. Samba, forro, axe (claro) e ate pagode. Encontrei com dois amigos queridos, Fabio e Breno. Conheci atraves do Breno toda a mafia dos capoeristas daqui. Um bando de israelenses que falam portugues e conhecem de todo tipo de musica. Impressionante mesmo. Nao venham me dizer que eh a mesma coisa, que eu falava antes hebraico. Sou judia, estudei em colegio judaico, tem explicacao. Mas eles?!
O proximo evento eh um carnaval em Eilat, balneario no sul do pais, que ate bebida alcoolica liberada 24h por dia vai ter. Eh mole?

quarta-feira, março 22, 2006

Sobre avioes longos e caminhadas idem

Hoje o aviao mais longo do mundo pousou pela primeira vez em Eretz Israel e eu tava la. Festa pra jornalistas e eu estava la, de garconete. Eu ate achei que fosse me dar uma dorzinha. Afinal, eu tambem sou jornalista! Tenho carteirinha internacional e tudo! Mas nao. Acho que ja estou entendendo melhor isso. Obvio que as cameras e os bloquinhos me saltam os olhos, eh isso que eu amo fazer de verdade. Mas eu tava me divertido. Antes do trabalho, sentada no cafe com os outros israelenses que trabalharam comigo, e a cada segundo, a cada frase, entendendo mais como funciona a cabecinha deles, tentando pegar o que eles tem de melhor: batalhadores, trabalhadores, tem um espirito empreendedor incrivel e estao sempre, mas sempre mesmo, dispostos a ajudar. os que ficavam um minuto parados ja soltavam um `O que que eu posso fazer?`. Incrivel.
Outro dia eu estava na casa da Einat, aqui em Pardesya, jantando com a familia dela. Fiquei pensando muito nisso, meio que comparando a familia brasileira com a que eu estava vendo. Ficava tao muda, perdida nos meus pensamentos, que ate dava pra notar que minha cabeca estava a mil. Eu chego na casa dela depois de uma caminhada. Num instante, mae e as duas filhas comecam automaticamente a colocar mesa, lavar louca, fazer comida. Nao eh favor e nem falta de empregada. Naturalmente. Tudo quase pronto, so faltava o pai chegar. A mae diz que ele foi caminhar ja fazia mais de uma hora. Eu ja penso `Caminhar, sim... Ta caminhando na casa da vizinha`. Mas nao! Ele chega, realmente suado, da um beijo na mulher e comeca a preparar comida tambem! O melhor eh que nao eh a primeira familia israelense que tem esse comportamento. Eu quero ser assim quando crescer!

Eu tambem me impressiono com as amizades aqui. Na verdade eu acho que isso tudo esta ligado a uma cultura de mais respeito ao outro, solidariedade. Serio. Hoje, por exemplo, meu irmao israelense foi com um outro amigo nosso ate Jerusalem pra tentar fazer minha mudanca. Sao duas horas de viagem, ele pediu folga no trabalho, gastou gasolina. E nao coube tudo no carro ainda por cima. Lo nora, como dizem aqui, nao eh terrivel. Chamou uma empresa de mudanca e voltou pra casa, tao feliz quanto tinha saido. E ainda vai me parcelar o pagamento da mudanca.
Nesse meio tempo, eu ja tensa. Pagar, pagar, pagar... E eu no aeroporto, trabalhando no evento. Sabem como eu sou quando estou nervosa: logo fecho a cara e nao quero papo. Num telefonema, me afastei o quanto pude do pessoal que estava na cozinha, e mesmo assim escutaram meus gritos. E ainda assim a Elinor chega perto de mim, me abraca e diz `Tudo bem se nao quiser contar, a gente ta aqui` e me da um beijo. Nao tem nem como continuar emburrada! Incrivel, incrivel! O pai da Adi e do Yaron, consequentemente eu pai (adotivo) tambem, me ligou hoje de manha cedinho `So pra saber se voce esta bem`. E as pessoas fazem isso sem o menor interesse, mesmo. Quando meu irmao mais velho chegou aqui em casa hoje e eu disse `Vou demorar uns meses pra te pagar...` ele me respondeu `Nao tem problema. Voce nao sabe o que que eh amor nao? Fiz com amor`. Eh, nao posso de jeito nenhum dizer que nao sei o que eh amor, gracas a Ds isso nao me faltava no Brasil, seja da minha querida familia, seja dos meus amigos lindos. Mas que meu conceito de amor mudou, isso mudou... Eu acho que estou entendendo que o amor verdadeiro existe sim, so temos que aprender quem o merece...

* Ah! Um pequeno update: O desencantado acabou nao trabalhando hoje. Ate o proximo Nao-sei-o-que maior-do-mundo chegar em Israel e contratarem a gente pro evento! ;)

terça-feira, março 21, 2006

Facil me imaginar num casamento mega chique, no lugar mais caro de Tel Aviv. Ne? No porto, com uma varanda enorme pro mar, janeloes do chao ao teto. Banda, tequila e gente muito animada. Dificil eh me imaginar entre os 40 garcoes do evento. Eu confesso que me senti de volta num filme americano bobao, que nem quando eu comecei a trabalhar de garconete. Eu olhava pra cerimonia e dizia pros meus amigos `Tb quero casar, aqui!`. Eles falavam so ` Nathy, nao estamos escutando isso. Vc sabe quao caro eh esse lugar?`. Ufff! Sem contar o detalhe de que nao existem possiveis principes pra ocupar o posto. Por falar nisso, o (des)encantado foi com a gente trabalhar. Vou contar tudo. Bom, de manha cedo fui com minha amiga Elinor ate a Policia de Natania, precisava de um atestado dizendo que minha ficha era limpa pra poder ir numa entrevista de emprego (junto com curriculo e foto tamanho passaporte, tudo isso pra ser garconete!!!!). O fato eh que o namorado da Elinor pediu pra gente combinar com o tal sujeito de ir busca-lo pra ir trabalhar. Eu liguei, pra quebrar o gelo. Entra no carro, todo simpatico. Pergunta mil vezes como eu estava. Eu estava era morrendo, se ele queria mesmo saber. Pulando pra parte que chegamos ao casamento: muito trabalho, mesmo. To eu la, circulando com bandejas entre os convidados e fugindo de cruzar com ele. Minha sorte foi que o responsavel pelo evento, the boss, era o namorado da Adi (minha amiga-irma, cuja familia me adotou) e nao me deixava trabalhar muito. Ate que o evento comecou a bombar, e ai nao teve jeito... Numa dessas, nos dividiram em duplas pra servir os convidados em varias mesas espalhadas pelo salao. Com quem vcs acham que foi minha dupla? Sim, ele mesmo, entre 40 garcons. O papo tava tao bom que obvio que o que eu menos estava fazendo com atencao era servir as pessoas ou responder de que que era cada coisa (ate pq os nomes eram bizarros e tava foda). Foi so ele ir ate a cozinha buscar mais pratos (olha que romantico, hehehhe) que a Elinor, que estava na mesa de comida do meu lado, me diz `Nathy, vc ja ta toda derretida. Lembra do telefonema do dia seguinte e fica normal de novo`.hehehe... Entao quando ele voltou disse p podia ir dali, que ia ficar bem sozinha no estande. Depois disso fugi dele o resto da noite. Foram 12 longas horas de trabalho, entre montar tudo, o casamento acontecer e depois lavar e desmontar tudo. Aquelas musicas em hebraico que eu escutava no Brasil, imaginando como seria legal estar aqui. E la estava eu, escutando as musicas com uma bandeja pesadissima no braco. Bom, depois de mais muito trabalho e muito fugir do menino, hora de ir pra casa. Decidimos sair de la e ir tomar uma cerveja (desculpa perfeita pra dizer o que quisesse, pensei). Mas infelizmente o cansaco era tanto que depois de dar uma volta no quarteirao e nao achar vaga na lotada Tel Aviv, resolvemos trocar o chope por uma salada (eles, obvio, nao eu) no caminho de volta. Eu estava tao exausta e com o corpo tao doido que falar hebraico era demais pra mim. Vim quieta. O primo dele estava sentado entre nos, no banco de tras do carro. Paramos, comeram e quando voltamos pro carro me preocupei em estar perto dele, mas nao encostar. Nao queria que ficasse pensando que eu estava babando e lembrando e bla bla. Logo chegamos em casa e eu juro, abstrai de todas as loucuras que me passaram na cabeca durante o dia (banheiro do evento! cozinha! o que me importa se for expulsa do trabalho agora?) e me esforcei pra dar um beijo de despedida o mais distante da boca possivel. Mas no final saiu aquele meio-estalinho. Eu ja nao sabia se tinha sido de proposito ou nao, se ele tava pensando que eu o odiava ou nao, se ele queria e eu fiz que nao quer, se ele nao queria e eu fiz que sim ou se ele eh tao fofo que quis me `consolar`. Sei que foi estranho e ainda fiquei pensando nisso algumas horas antes de adormecer. Afinal, o banho foi longo, eu tava um lixo. Amanha vamos trabalhar juntos outra vez, me parece. Um evento no aeroporto, que deve ser dentro ou perto de um aviao. Vamos ser poucos garcons, entao eu nao vou nem pensar besteira.
Motivada pela paixonite ou nao, ontem comecou a caminhada. Eu e Einat, outra amiga daqui de Pardesya, andamos meia hora, em ritmo acelerado. Eh o inicio. E eu me esforcei pra so comer um chocolate pequenininho! Tem que ser, pq na praia vai ficar dificil de eu me esconder de alguem desse tamanho! :)

* Eu ia pra Jerusalem agora, mas escutei que tem um terrorista querendo fazem um atentado hoje por la. Que paranoia!

*Falta pouco pras eleicoes aqui. Nao posso dizer que nao se ve, mas eh impressionante como nao fazem as campanhas sujas que nem as do Brasil e as pessoas sao ainda assim muito mais informadas sobre. Eu ja sei em quem voto.

* A praga da minha ex flatmate me perturba ate os 45 do segundo tempo. Nao eh brinquedo nao...

sábado, março 18, 2006

Quando o principe toca a campainha e sai correndo

Eu resolvi vir pra Pardesya (quem nao tem ideia do q q eh isso, leia posts anteriores). Vou passar um tempo aqui com minha familia israelense, meus amigos, tomar as redeas da minha vida. Nao esta sendo nem um pouco facil controlar tudo, mas tenho me surpreendido comigo mesma sempre...
* Desafios, desafios... O menor deles agora eh o que mais me incomoda: emagrecer. Verao ta batendo na porta e eu nunca estive mais gorda. O proximo vai ser decidir onde vou morar e estudar, se sigo meus planos do Brasil ou se faco tudo pra nao morar em Jerusalem, a cidade que parou no tempo (Nao quero causar polemicas, essa eh a minha humilde opiniao, ok? E que nao quer dizer que a cidade nao seja boa, so nao combina comigo). Tenho uma terceira possibilidade na manga, menos pratica e que ainda nao sei se vai rolar, mas isso eh assunto pra mais tarde.
Esclarecido isso, vamos ao titulo dessa budega de hoje. Mais uma vez, eu achei que tinha encontrado o principe encantado. Sorridente, lindo, inteligentissimo. Amigo de um grande amigo. Super indicado. Primeiro encontro, cafe com amigos. Segundo, pub com os amigos e dvd em casa. Tudo lindo. Altos papos. Como se diz em hebraico, `sichot-nefesh` (conversas de alma, algo assim). Finalmente, um beijo. Aqui eh Israel eh diferente, gente. O beijo demora a sair. Se nao demora eh pq nao vai passar de one night stand. Eu, claro, ja estava ansiosa e repetindo o mantra `Sem pressao, sem pressao`. Que patetico.
Beleza, ficamos como um casal fofo, ate as sete da manha. Nunca achei que ele fosse olhar pra mim! Estava sonhando. Perguntei logo `Qual eh o seu problema?`, querendo me preparar logo pra parte ruim. Mas ele me responde com beijos (e que beijos, diga-se de passagem). Troca de telefones. (Quando fui salvar o numero dele, por sinal, vi que tinham mais uns 4 com o mesmo nome, e resolvi imitar meu amigo Cezar que escreve `Fulano U Oro` - `o ouro` - hehehehe...) Entao, U Oro me liga as seis da tarde do outro dia, conforme combinado. Nervoso, solta logo `Tenho que te contar uma coisa, eu estou saindo com outra menina. Ela nao mora aqui, nao eh minha namorada, mas eu nao consigo enganar ninguem. Vc esta chateada?`. Claro que isso era tudo que eu nao esperava. Isso dificilmente aconteceria no Brasil. Nao acham? Afinal, quantos beijos que damos na vida significam algo de verdade? O que importa eh que a sinceridade dele estragou minha ilusao! Por um minuto quis que ele fosse brasileiro, deixasse rolar pra ver no que ia dar, sei la. Mas assim, de cara, me falar a verdade? Pode ser estupido isso, mas juro que foi o que eu senti. Depois ele ainda ligou outra vez, dez minutos depois da primeira ligacao, dizendo que eu era uma pessoa incrivel e que nao merecia isso, e que nao queria perder a `ligacao` comigo? Desculpa, querido, ligacao??? rs... E meu amigo (que nos apresentou) me ligou tb e pediu desculpas, nao sabia que ele estava envolvido com outra pessoa, se sentiu culpado. Imediatamente tirei o Oro do nome do menino, pelo menos na minha agenda de telefones. Nao eh distante isso da nossa realidade? E o pior de termos os os mesmos amigos eh que ainda vou ver o principe (des)encantado muitas vezes. De repente o principe existe mesmo, so nao eh o meu ainda. Ou eh, e nada pra mim chega facil mesmo. Amanha vou ve-lo, vamos trabalhar juntos num casamento (!). Eu e minha baixissima auto estima. Vou fazer de tudo pra ser o ser humano mais natural do mundo, mas sabem, estou desaprendendo isso tbm. Meu lado que tem cidadania israelense ta comecando a bater mais forte. Ou eu estou mesmo querendo sossegar com alguem. Aguardem cenas dos proximos capitulos.
* Espero que papai nao esteja fuxicando a vida da filhinha. Mas se tiver tb, a filhinha ja tem idade, ne? :D

domingo, março 05, 2006

Por onde eu comeco?

Depois de tanto tempo, ta dificil responder a essa pergunta. Desde a ultima vez que eu escrevi aqui, a Leticia ja veio pra Israel, passamos nove dias juntas, passeamos muito e descobri muitas coisas, principalmente em mim. Era o ar que eu estava precisando respirar, tempo pra sair da rotina e refletir. Os resultados dessa mistura de sentimentos e sensacoes voces vao saber muito em breve. Por enquanto so peco que rezem por mim!!! :D

*To em casa esperando chegar um presente!!! A Gi me mandou alguma coisa do Brasil, to louca p ver! Gigi, obrigada pelo carinho!!! Eh por essas pequenas coisas q eu tenho certeza da forca do sentimento que nos une! (Romantico, nao? rs) Amigos sao amigos...

*Por falar em Brasil, ontem eu comi feijao aqui, pela primeira vez! A Tati, mineira-telavivi, preparou um delicioso! Ate repeti! E uma coisa q vcs nao vao acreditar: Provei farofa ontem. Isso mesmo, eu nunca tinha comido. Como tinha na casa da Tati da brasileira, resolvi experimentar. Muito bom mesmo! :D

*Minha shutafa (flatmante) ja se foi, e a busca de outro eh desesperadora. Como tem louco nessa cidade!!! Depois vou contar uns casos bizarros p vcs, ok? Mas bizarro mesmo eh ver como as pessoas mudam. Essa aqui que morava comigo foi de caneirinho a lobo mau. Mas beleza, tudo eh um aprendizado, ne? Isso so faz a gente dar mais valor ainda as pessoas boas que cruzam nosso caminho. E disso eu nao posso reclamar! Tenho OS amigos, uns mais perto, outros mais distantes, pelo menos fisicamente. Poucos e bons. E todos estao guardadinhos aqui, do lado esquerdo do peito...