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Minhas aventuras pela Terra Santa!

sexta-feira, novembro 03, 2006

Anotações de aula

Ainda não cheguei num acordo comigo mesma sobre o idioma oficial dos meus cadernos. Começo sempre em hebraico, porque parece que escutar e escrever a mesma língua agiliza o trabalho. E isso é bem verdade, até cruzar com a primeira dúvida de ortografia (geralmente, isso não demora muito pra acontecer). Tento escrever de qualquer maneira, pra continuar acompanhando a aula, mas não consigo ignorar o erro. Aí, nesses dois segundos de dúvida, foi-se o pensamento do professor. Pedir pra repetir?

O cenário é um auditório gigantesco, onde quase 300 alunos escutam o Doutor Levenheim filosofar sobre as diferentes definições de Estado, de acordo critérios filosóficos desse ou daquele... Pera aí, de quem?! Fica pra aula do monitor. Claro, ou vocês acham que o Doutor tem tempo pra fazer exercícios, explicar as provas e trabalhos? Isso eles deixam pros monitores, que nos dividem em grupos menores e dão aulinha também. Meu monitor de Introdução a Relações Internacionais é mais novo do que eu, com certeza tem menos tempo de vida universitária também. E é esse pirralho que vai corrigir meus trabalhos.

Os trabalhos, aliás, merecem um parágrafo exclusivo. Acho que meu primeiro já vai ser mais pesquisado e elaborado do que a monografia da PUC. Ai, que saudades da PUC....

Apesar de bombar de gente na faculdade - e gente da mais estranha, claro, como tudo na Terrinha - os hábitos são um pouquinho diferentes. A boa do social são os gramados espalhados pelo campus-labirinto enorme, que são o point da galera. Pegar solzinho no inverno frio de Jerusa durante o intervalo das aulas é o que há.

Fato que exemplifica minha inexperiência na Hebrew University: essa semana sentei na grama de manhã cedo, e o molhadinho do orvalho com laminha deixaram sua arte na minha calça bege. Super agradável. Andei com um cachecol pendurado na cintura o resto do dia letivo.
Nessas horas deprimentes que eu sim invejo meus flatmates.

Como já contei aqui, os dois estudam em Bezalel, Escola de Artes. Lá está a maior concentração de Sujinhos do país. Além disso, eles são tem um livro sequer e passam as noites cortando e colando, desenhando e pintando. Eles tem dj no intervalo das aulas!

Enquanto isso, eu me divido entre as leituras sem fim em inglês (ainda assim, tenho que jogar as mãos pro céu e agradecer pela maior parte do material ser in english), as aulas de hebraico, de inglês, de Introdução a RI e de RI no século XX (a mais chata de todas, a que o professor fala maaais enrolado e tem o pensamento mais desorganizado que o meu). Esses dois últimos cursos vão me acompanhar até o próximo inverno. Nos idiomas, pretendo conseguir o diploma no fim do semestre. Be ezrat hashem!

Definitivamente, aquele friozinho na barriga dos primeiros dias de PUC não volta... As saídas com as meninas, aulas inúteis, matar aula terminando outro trabalho, comer no Couve Flor, aulas úteis, entender toda a aula e todas as piadas da aula (até as que a gente preferia fingir que não entendeu), xérox nas casinhas, feirinhas, brigadeiro, cookie, o mega social, chopadas... Tá, isso eu comparo semana que vem, depois de ir à festa de abertura do ano letivo de Bezalel. Ha-ham... ;)

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Quero ver uma foto sua sentada na grama, hehehe...
Bjos!

3:07 AM  

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